02 novembro 2008

Eleições 2008 nos Estados Unidos (USA)

O mundo está de olhos postos nos Estados Unidos da América, e é já na próxima 3ª Feira (4 Nov) que os 130 milhões de eleitores norte-americanos vão a votos para escolher entre o democrata Barack Obama e o republicano Jonh McCain. O "circo eleitoral" está montado e as sondagens apontam uma ligeira vantagem para os democratas, mas na América tudo é possível e imprevísivel e o ex-prisioneiro de guerra McCain ainda não deitou a toalha ao chão.



John McCain e Barack Obama prometem “mudança”. Mas aquilo que verdadeiramente os distinguia no rescaldo das primárias diluiu-se num combate pelo centro - em suma, pela alma do “norte-americano médio”. Eis algumas diferenças entre as políticas dos dois candidatos:

Esforço de guerra: Iraque e Afeganistão
A crise financeira acabou por obscurecer o tema. Contudo, é no plano da guerra que McCain e Obama protagonizam a maior fractura.
McCain defende que os Estados Unidos não devem deixar o Golfo Pérsico sob o jugo de uma derrota, e opõe-se à definição de qualquer calendário para a retirada das tropas.
Ao contrário de McCain, Obama quer retirar do Iraque todas as brigadas de combate (15) até Maio de 2010.

Política fiscal
Obama apresenta-se perante o eleitorado norte-americano como o campeão da classe média e demais despojados da crise e defende um aumento da carga fiscal para multinacionais.
Ao invés de Obama, o senador republicano propõe-se reduzir a carga fiscal das empresas de 35 para 25 por cento.

Imobiliário
Obama compromete-se a outorgar incentivos às instituições bancárias que comprem ou refinanciem as hipotecas. Por seu turno, McCain propõe que as hipotecas em situação de naufrágio sejam compradas e substituídas por outras com taxas fixas e asseguradas pelas autoridades federais.

Saúde
Barack Obama compromete-se a oferecer alternativas às famílias norte-americanas sem desvirtuar por completo o actual sistema de cuidados de saúde assegurados pelas entidades empregadoras.
John McCain discorda frontalmente da ideia de fazer recair sobre os empregadores, e não sobre os indivíduos, o ónus dos cuidados de saúde.

Energia e ambiente
Tanto Obama como McCain são largamente omissos em matéria de concertação internacional para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.
John McCain diz-se partidário de um melhor aproveitamento dos recursos petrolíferos e de gás natural dos Estados Unidos, uma via que, na sua óptica, deixaria a América menos dependente do petróleo estrangeiro.
Barack Obama promete investir 150 mil milhões de dólares durante os próximos dez anos no desenvolvimento de fontes de energia alternativas ao petróleo e, ao mesmo tempo, criar cinco milhões de postos de trabalho. Os biocombustíveis e as energias solar e eólica aparecem no topo das prioridades do candidato democrata.



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