Não bastava a já agonizante situação no Iraque, eis que surge um “novo” conflito em Israel a “saltar” para as primeiras páginas da imprensa mundial e abertura de telejornais.
Já lá vão 16 dias violentos entre israelitas e as milícias do Hezbollah, onde já morreram 400 libaneses e 50 israelitas, quase todos civis, e o término do conflito está longe de ver “luz no fundo do túnel.”
Todas as tentativas de paz têm sido infrutíferas, os bombardeamentos a Beirute, ao sul do Líbano e ao norte de Israel continuam, com este país a afirmar que vai manter o plano de ataque contra o Líbano, depois do fracasso da Conferência de Roma em alcançar um cessar-fogo «duradouro e permanente», e anunciou a mobilização de mais militares na reserva.
Por sua vez as facções do Hezbollah afirmam : «Vamos combater até à última gota do nosso sangue».
O mundo assiste a mais um triste e sangrento capítulo dos intermináveis conflitos no Oriente Médio, com as acções militares de Israel contra o Líbano. Os ataques dos israelitas, aparentemente, foram uma resposta às acções do grupo terrorista Hezbollah, baseado no Líbano, que sequestraram dois soldados israelitas e acertaram alguns mísseis na cidade de Haifa, no norte de Israel. O governo israelita, chefiado pelo novo primeiro-ministro Ehud Olmert, resolveu, então, reagir de uma maneira um tanto desproporcional. Não restringiu os ataques às bases do Hezbollah no sul do Líbano, mas passou a mirar a população civil libanesa - talvez para tentar minar o apoio popular ao Hezbollah, que, no Líbano, além de actuar na guerrilha contra Israel, também é partido político (com assentos no Parlamento libanês) e presta trabalhos de assistência social.
O principal alvo, mais uma vez, é Beirute, a capital libanesa, que foi sinónimo de guerra na década de 1980, por conta dos confrontos entre árabes e israelitas.
Na década seguinte, a cidade devastada aos poucos foi-se reerguendo, tentando voltar ao esplendor de outrora. Mas agora, duas décadas após a retirada das tropas inimigas (os israelitas desocuparam a cidade em 1985), Beirute volta a sofrer as acções do exército de Israel, assim como outras regiões do Líbano. O país está um caos e quem pode, foge. Os refugiados são aos milhares.
A opinião pública mundial vem condenando a desproporção dos ataques das forças armadas israelitas que, após os bombardeios aéreos, agora já planeja invadir o Líbano por terra. O governo libanês diz que seu exército está pronto para a luta. Mas a verdade é que a guerra não é entre Israel e o governo Libanês. A guerra é contra o Hezbollah.
Mas o que é o Hezbollah ?
Hezbollah (que significa "Partido de Deus" em árabe), é o nome de um grupo resistência constituído por extremistas islâmicos originário do Líbano e contrários a propagação do movimento sionista em territórios libaneses e palestinos. O Hezbollah é uma milícia islâmica que se formou no Líbano após a ocupação israelita em 1982. Atualmente o grupo conta com um braço político, tendo integrantes do grupo no Parlamento libanês.
Diferente de outros grupos que fazem terrorismo político por dinheiro ou exércitos legais constituído de profissionais pagos para defender os interesses de uma nação, a milícia de resistência Hezbollah é integralmente formada de jovens, órfãos de pais libaneses que perderam a vida nos ataques de Israel em 1982 o que dá sentido a expressão "Partido de Deus" ou seja uma consequência natural.
É um dos principais movimentos de combate à presença de israelitas no Oriente Médio e tem como objectivo declarado a destruição do Estado de Israel e expulsão dos judeus da região.
Desenvolve também uma série de actividades em cinco áreas: ajuda a familiares de "mártires" (recompensa financeira a família de homens-bomba), saúde, educação religiosa(xiita), reconstrução e agricultura.
O Hezbollah tem infra-estruturas próprias, como hospitais, clínicas, escolas e centros de desenvolvimento profissional apoiados pelos franceses no auxilio de corpos docentes.
É considerado como um movimento de resistência por uma parte dos países árabes e tido como uma organização terrorista por outros governos. O seu actual líder é Sheik Hassan Nasrallah.
A posição é contrastante, e até agora o conselho da União Europeia tem julgado que o Hezbollah não se inscrevia entre os movimentos terroristas, apesar dos vários pedidos americanos.
O Hezbollah é acusado de ter tomado como reféns Ocidentais nos anos 1980 e ter organizado atentados terroristas. Goza de certa popularidade no mundo árabe-muçulmano por ter assumido a responsabilidade de levar Israel a deixar o sul do Líbano em Junho de 2000. Reconhece o princípio do velayet-e-faqih, ou seja, a primazia do guia da revolução iraniana sobre a comunidade xiita.
Fundado em 1982 com o apoio da Síria, e, sobretudo, do Irã em 1982, Hezbollah tornou-se rapidamente a principal organização militar de confrontação com Israel no Sul do Líbano. O Hezbollah reúne diversos movimentos, principalmente o Amal Islâmico (uma dissidência de Amal) e o ramo libanês do partido Ad-Daawa. Na época, os objectivos declarados do partido eram estender a revolução islâmica-iraniana e criar um estado islâmico no Líbano, o que originou o nome de "partido de Deus" (Hezbollah) originalmente pela crítica. Hoje, temporariamente tem renunciado à este objectivo.
É caso para dizer : « Os Deuses devem estar Loucos».
1 comentário:
As coisas que este PM sabe. Melhor explicado nem na farmácia.
Tá fixe PM.
Um abraço e boas férias.
Jaime Oliveira
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