20 setembro 2006
Desabafo
Relativamente ao post anterior, referente á célebre reunião secreta, o Tenório publicou o seguinte comentário :
Desabafo:
É realmente uma tristeza. E são estes os nossos governantes e os líderes das nossas colectividades.
Sim, porque basta atentar na edição deste mês do Jornal de Minde, onde vem uma notícia acerca da última Assembleia Geral da Sociedade Musical Mindense, para vermos bem o interesse e desfaçatez dos respectivos corpos dirigentes em esclarecer os associados e Minde em relação a este problema.
Eu estou à vontade para dizer isto, porque sou amigo e até familiar de alguns deles. Não se interprete esta tomada de posição e desabafo como um ataque pessoal, táctica que alguns em Minde gostam amiúde de utilizar/inventar, quando os normais argumentos não funcionam ou querem congregar algumas mentes mais simplórias para a sua causa, por ex.!
É normal, com o que se tem passado, dito e escrito em Minde nos últimos meses, sendo do conhecimento geral que há conversações, protocolos assinados e reuniões envolvendo a SMM sobre um assunto que, se não é de capital importância para Minde (que o é), pelo menos é polémico q.b., que a SMM não o aborde em AG de associados ou, pelo menos, difunda um comunicado acerca do assunto?!
Será isto normal e salutar?
É com pena que assisto a isto, pois, de entre os membros dos corpos sociais da SMM, encontramos, entre outros:
- o Presidente da Junta de Minde (!!);
- o Presidente do CBESM (Vulgo creche e lar de 3ª idade de Minde);
- actuais dirigentes do VFCM;
- ex-membros do executivo e da assembleia da Junta de Freguesia de Minde;
- o Sr. Padre Mário Anjos; ou
- membros da Assembleia municipal (!);
Será que acham que estão a prestar um serviço de qualidade a Minde? Que estão a obedecer a regras e princípios básicos da vivência em sociedade, como a democracia, transparência, informação e legalidade, entre outros?Custa alguma coisa – e isto vale para o CAORG e, claro, para a Junta – difundir um comunicado elucidando alguma coisa, até revertendo para esclarecimentos a dar, por ex., em AG ou em assembleia de freguesia?!
Tudo isto ainda é um reflexo, infelizmente, da sociedade portuguesa e do que esta foi no último século. Somos uma sociedade que ainda há 33 anos vivia num regime ditatorial, em que as liberdades básicas, como a democracia, a liberdade de expressão, de voto, de escolha de representantes, de ASSOCIAÇÃO, de ajuntamento (!), ou não existiam ou estavam fortemente coarctadas e controladas. Na nossa administração pública e nas relações das colectividades com os cidadãos sente-se ainda a influência do estado novo. A nível das mentalidades, a evolução que houve em muitas outras áreas não foi tão rápida.
A minha esperança é que, com a evolução da sociedade e das pessoas, tudo isto seja no futuro motivo de admiração e gargalhada, como é para muitos o facto de há 33 anos ser proibido um ajuntamento de pessoas ou alguém, para possuir um isqueiro, ter de fazer um requerimento a um Ministro qualquer…
Um bem hajam
Tenório, 19/9/06
Desabafo:
É realmente uma tristeza. E são estes os nossos governantes e os líderes das nossas colectividades.
Sim, porque basta atentar na edição deste mês do Jornal de Minde, onde vem uma notícia acerca da última Assembleia Geral da Sociedade Musical Mindense, para vermos bem o interesse e desfaçatez dos respectivos corpos dirigentes em esclarecer os associados e Minde em relação a este problema.
Eu estou à vontade para dizer isto, porque sou amigo e até familiar de alguns deles. Não se interprete esta tomada de posição e desabafo como um ataque pessoal, táctica que alguns em Minde gostam amiúde de utilizar/inventar, quando os normais argumentos não funcionam ou querem congregar algumas mentes mais simplórias para a sua causa, por ex.!
É normal, com o que se tem passado, dito e escrito em Minde nos últimos meses, sendo do conhecimento geral que há conversações, protocolos assinados e reuniões envolvendo a SMM sobre um assunto que, se não é de capital importância para Minde (que o é), pelo menos é polémico q.b., que a SMM não o aborde em AG de associados ou, pelo menos, difunda um comunicado acerca do assunto?!
Será isto normal e salutar?
É com pena que assisto a isto, pois, de entre os membros dos corpos sociais da SMM, encontramos, entre outros:
- o Presidente da Junta de Minde (!!);
- o Presidente do CBESM (Vulgo creche e lar de 3ª idade de Minde);
- actuais dirigentes do VFCM;
- ex-membros do executivo e da assembleia da Junta de Freguesia de Minde;
- o Sr. Padre Mário Anjos; ou
- membros da Assembleia municipal (!);
Será que acham que estão a prestar um serviço de qualidade a Minde? Que estão a obedecer a regras e princípios básicos da vivência em sociedade, como a democracia, transparência, informação e legalidade, entre outros?Custa alguma coisa – e isto vale para o CAORG e, claro, para a Junta – difundir um comunicado elucidando alguma coisa, até revertendo para esclarecimentos a dar, por ex., em AG ou em assembleia de freguesia?!
Tudo isto ainda é um reflexo, infelizmente, da sociedade portuguesa e do que esta foi no último século. Somos uma sociedade que ainda há 33 anos vivia num regime ditatorial, em que as liberdades básicas, como a democracia, a liberdade de expressão, de voto, de escolha de representantes, de ASSOCIAÇÃO, de ajuntamento (!), ou não existiam ou estavam fortemente coarctadas e controladas. Na nossa administração pública e nas relações das colectividades com os cidadãos sente-se ainda a influência do estado novo. A nível das mentalidades, a evolução que houve em muitas outras áreas não foi tão rápida.
A minha esperança é que, com a evolução da sociedade e das pessoas, tudo isto seja no futuro motivo de admiração e gargalhada, como é para muitos o facto de há 33 anos ser proibido um ajuntamento de pessoas ou alguém, para possuir um isqueiro, ter de fazer um requerimento a um Ministro qualquer…
Um bem hajam
Tenório, 19/9/06
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4 comentários:
vai em frente amigo tenorio ...nem imagino quem quer que sejas, mas so para dizer que as derecçoes da banda foram sempre assim . ja houve pessoas que passaram pelo mesmo quando sao contra o sistema so logo posta de lado....ha pessoas tambem muito validas nesta direcçao so nao sei porque se deixam embarcar nesta situaçao de coisas
As pessoas que fazem parte das direcções do caorg e da sociedade musical mindense são todas válidas e têm feito muito por Minde.
Sucede é que o sistema implantado há muitos anos em Alcanena é este:
Caro amigo, ou estás e DIZES que concordas comigo, ou a instituição que diriges não leva subsídios.
Desta forma, os directores sentem-se com as mãos atadas. Também há que compreender a situação deles.
Por outro lado, aqueles que não são directores de nada, são ameaçados e coagidos quando precisam da camara.
É uma verdadeira ditadura do medo que reina no concelho.
Imaginem o terror em que vivem estas pessoas. Por exemplo, o ordenado do maestro da banda é pago pela camara. Mal ele foi ameaçado quando souberam que tinha sido convidado por outra lista e desistiu de imediato.
Pudera! perder o ordenado de um momento para o outro é complicado.
Só há uma solução. Empurrrar estes ditadores da camara para a rua o mais rapido possivel.
E uma das maneiras é pôr a Judiciária a investigar. Não tardará muito.
E porque é que não aparece nunca a PJ, será porque em Minde as coisas passam-se tipo toca e foge, as bocas vão para o ar toda a gente tem medo de se mostrar, e foge toda a gente com medo tal qual ratos do porão.
«O problema não está nas pessoas. Está no sistema.»
Esta é uma frase que diplomaticamente fica sempre bem, mas quem faz o sistema são as pessoas.
Se todos caminhássemos com o mesmo objectivo a situação seria bem diferente. O problema é quando interesses pessoais ou questões de protagonismo se sobrepõem à causa comum.
E a causa comum é o Futuro de Minde (ou, deveria ser)!!!
PM
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