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Poético, harmonioso, sensível. "Cavália", que se estreou, esta quinta-feira, no espaço do Passeio Marítimo de Algés, é uma odisseia equestre que demonstra como é possível estabelecer cumplicidades entre cavalos e seres humanos.
O espectáculo, que pela primeira vez pode ser visto em Portugal e que se estreou com lotação esgotada, oferece aos espectadores generosas doses de deslumbramento, servidas por um cenário multimédia e por uma banda sonora interpretada ao vivo.
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Há chuva que cai sobre a arena, cheiro de terra molhada, flocos de neve, folhas outonais que caem sobre os espectadores e, subitamente, há um violoncelista que interpreta um solo, enquanto um cavalo e amazona surgem no terreno quase como se flutuassem... E há Fréderic Pignon que evolui na floresta com os seus cavalos livres de arreios, de ordens gritadas, de torrões de açúcar.
O espectáculo, já apresentado em mais de 1100 lugares do Mundo, junta técnicas multimédia, com artes equestres e performativas.
Sob a grande tenda branca, 37 artistas e 60 cavalos, das mais diversas raças, onde não falta a lusitana, transportam o espectador para um cenário virtual, para testemunhar um sonho de liberdade, cumplicidade e harmonia que explora a relação histórica entre humanos e cavalos.
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"Cavália" é uma criação de Normand Latourelle, um dos fundadores do Cirque du Soleil, que confessou em conferência de Imprensa que até há dez anos nunca sonhara trabalhar com cavalos. O espectáculo é dirigido por Erick Villeneuve e a direcção equestre está a cargo de Frederic Pignon e Magali Delgado.
"A base do trabalho é descobrir a comunicação que pode haver entre o cavalo e nós. O cavalo é muito sensível aos movimentos dos corpos, e também há um pouco de psicologia", explica Frédéric Pignon, responsável pela direcção equestre.
"Cavália" pode ser visto até dia 19 deste mês e tem bilhetes a partir de 29 euros, que podem ser adquiridos em www.cavalia.pt, na bilheteira no local ou ligando para o número 21 303 90 20.
Ana Vitória in "JORNAL DE NOTÍCIAS"
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