27 outubro 2006
Geração Rasca
Com o pseudónimo de Tenório da Silva, um anónimo, com uma certa ironia, deixou o seguinte comentário, num dos posts :
«Vocês andam todos com vistas curtas.
Esta é uma geração de políticos que vai dar a volta a isto. Que quando saírem do poder, daqui a muitos e bons anos, terão as portas do panteão dos "Grandes Mindericos" abertas de par em par.
É assim que se faz política e que se avança com uma terra. Decidir, ainda que mal, mas decidir. Depois de decidir, logo se fará...
Têm de compreender uma coisa. Portugal (e Minde e Alcanena) ainda tem muitos resquícios do estado novo, com as suas virtudes e defeitos.
Esta maneira de actuar, de decidir e de governar é herdada da mentalidade desse tempo, que, agora constata-se, irá perdurar em Portugal durante muito, muito tempo.
O apego ao pequeno poder. A invejazinha. Os complexos sectários. O secretismo das decisões. E muitas outros aspectos...
É que, muda-se um regime numa manhã com uma viagem de Santarém ao Bairro Alto; mas não se mudam mentalidades, vícios, procedimentos e hábitos de décadas, etc, etc, por decreto ou em alguns anos...
Um forte abraço Minderico,
Tenório da Silva, amante da democracia e da liberdade»
Numa primeira leitura, este é mais um daqueles comentários de quem não está satisfeito com a actual situação.
Numa segunda leitura, acabamos por concordar com esta triste realidade:
Passados trinta anos de pseudo-democacia pouca coisa mudou. Ou, se mudou, estamos a assistir a um retrocesso. Pelo menos, no nosso concelho é o que verificamos.
E de quem é a culpa? A culpa é toda nossa.
Somos capazes de nos insurgir contra um penálti mal assinalado e de andar semanas a discutir se houve ou não fora-de-jogo num simples jogo de bola, mas, nas coisas importantes da vida, refugiamo-nos no silêncio e assobiamos para o lado.
Apenas levantamos o dedo quando os nossos interesses estão no tabuleiro. Esses tais interesses, mesmo que pejados de imoralidade, estão acima de tudo. Os outros que se lixem.
A comunidade sempre foi a prioridade que norteou as grandes decisões dos nossos antepassados, mas nos tempos que correm esse espírito do colectivo desapareceu.
Somos demasiado egoístas, preocupados apenas com o n/ bem-estar.
Só nos interessamos pelos assuntos comunitários quando esperamos tirar dividendos ou benefícios dessas mesmas questões. Sejam eles morais ou materiais, apenas queremos ser os actores principais, nem que seja no filme errado. Temos o sentido apuradíssimo dos direitos, mas dos deveres…
E tudo isto para dizer o quê?
Para dizer que precisamos mudar de atitude.
Para dizer que, comparados com os nossos avós, não passámos de uma geração rasca que só tem olhos para o seu umbigo.
Para dizer que o futuro se constrói com união e não com protagonismos individualistas que não nos levam a lado nenhum.
Afinal, a vida é apenas uma passagem !!!
«Vocês andam todos com vistas curtas.
Esta é uma geração de políticos que vai dar a volta a isto. Que quando saírem do poder, daqui a muitos e bons anos, terão as portas do panteão dos "Grandes Mindericos" abertas de par em par.
É assim que se faz política e que se avança com uma terra. Decidir, ainda que mal, mas decidir. Depois de decidir, logo se fará...
Têm de compreender uma coisa. Portugal (e Minde e Alcanena) ainda tem muitos resquícios do estado novo, com as suas virtudes e defeitos.
Esta maneira de actuar, de decidir e de governar é herdada da mentalidade desse tempo, que, agora constata-se, irá perdurar em Portugal durante muito, muito tempo.
O apego ao pequeno poder. A invejazinha. Os complexos sectários. O secretismo das decisões. E muitas outros aspectos...
É que, muda-se um regime numa manhã com uma viagem de Santarém ao Bairro Alto; mas não se mudam mentalidades, vícios, procedimentos e hábitos de décadas, etc, etc, por decreto ou em alguns anos...
Um forte abraço Minderico,
Tenório da Silva, amante da democracia e da liberdade»
Numa primeira leitura, este é mais um daqueles comentários de quem não está satisfeito com a actual situação.
Numa segunda leitura, acabamos por concordar com esta triste realidade:
Passados trinta anos de pseudo-democacia pouca coisa mudou. Ou, se mudou, estamos a assistir a um retrocesso. Pelo menos, no nosso concelho é o que verificamos.
E de quem é a culpa? A culpa é toda nossa.
Somos capazes de nos insurgir contra um penálti mal assinalado e de andar semanas a discutir se houve ou não fora-de-jogo num simples jogo de bola, mas, nas coisas importantes da vida, refugiamo-nos no silêncio e assobiamos para o lado.
Apenas levantamos o dedo quando os nossos interesses estão no tabuleiro. Esses tais interesses, mesmo que pejados de imoralidade, estão acima de tudo. Os outros que se lixem.
A comunidade sempre foi a prioridade que norteou as grandes decisões dos nossos antepassados, mas nos tempos que correm esse espírito do colectivo desapareceu.
Somos demasiado egoístas, preocupados apenas com o n/ bem-estar.
Só nos interessamos pelos assuntos comunitários quando esperamos tirar dividendos ou benefícios dessas mesmas questões. Sejam eles morais ou materiais, apenas queremos ser os actores principais, nem que seja no filme errado. Temos o sentido apuradíssimo dos direitos, mas dos deveres…
E tudo isto para dizer o quê?
Para dizer que precisamos mudar de atitude.
Para dizer que, comparados com os nossos avós, não passámos de uma geração rasca que só tem olhos para o seu umbigo.
Para dizer que o futuro se constrói com união e não com protagonismos individualistas que não nos levam a lado nenhum.
Afinal, a vida é apenas uma passagem !!!
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1 comentário:
Você tem toda a razão quando diz que a culpa é toda nossa.
Nas próximas eleições os mindericos que tornem a dar maioria absoluta ao Azevedo.
Um abraço,
Tony
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