16 novembro 2006
Com ou Sem Renumeração
Nos dias que correm o dinheiro é o motor que faz girar quase tudo. Sem o “money” não há as batatas para alimentar a nossa barriguinha, e é com ele que comprámos grande parte dos nossos prazeres materiais.
Cada vez as exigências são maiores e “sem o cacau não há festa”.
A carolice e o voluntariado deram lugar ao profissionalismo, e o acto de gerir começou a ser recompensado e renumerado. É assim com os gestores públicos e privados e já começou a ser assim com muitas instituições e colectividades.
A moda pegou, os gestores autárquicos passaram a ser renumerados (e bem) e agora até temos um presidente de junta de freguesia com ordenado.
Não tenho nada contra, e até concordo. Todos nós temos de viver e é preferível que se paguem legalmente ordenados, do que a subsistência dos gestores provenha de actos menos lícitos.
Mas o acto de renumerar não significa só regalias. A partir do momento em que uma pessoa passa a ser renumerada pelo que faz, o grau de exigência começa a ser muito maior. Deixa de ser um colaborador em part-time e passa a ser um profissional com responsabilidades acrescidas , e a quem se pode e deve pedir contas pelo seu trabalho.
É esta a posição dos nossos autarcas e do nosso presidente da junta. São funcionários públicos, por consequência, nossos funcionários, e que têm o dever de zelar e trabalhar em prol da comunidade e de acordo com os parâmetros definidos para os seus cargos. Se não o fazem, estarão a ser maus profissionais e não merecem o ordenado que auferem. Mais grave se tornará se o dinheiro, que paga possíveis ordenados de maus profissionais, sair do nosso bolso. Aí temos todo o direito de reclamar e de nos insurgirmos contra possíveis maus serviços prestados.
Estou a escrever este “post” porque em alguns dos comentários do blog têm-me “picado” para o facto de alguns gestores do Centro de Bem-Estar Social terem ordenados.
Não sei se é verdade, ou não, que alguns directores dessa instituição tenham renumeração ou ajudas de custo, mas se assim for, também não acho que esse acto seja condenável ou criticável.
Segundo creio saber, o CBES é uma instituição que tem apresentado resultados muito positivos, emprega algumas dezenas de funcionários, tem rendimentos próprios, sendo justo que quem desenvolve profissionalmente todo o trabalho de coordenar toda esta actividade também seja renumerado.
Penso que aqui a questão não se põe sobre a possível justiça dessa renumeração. Como em qualquer colectividade ou agremiação, a questão será a de estatutos preverem, ou não, que os seus dirigentes sejam renumerados.
Também penso que se nada sobre o assunto estiver previsto, o pagamento de ordenados aos dirigentes só poderá ter lugar se aprovado em assembleia geral.
Não sou nenhum expert na matéria, mas caso nenhuma destas condições existir, então estamos perante um cenário pouco transparente e que carece de uma reflexão mais profunda.
Já agora, a título de exemplo, o presidente da Federação de Futebol é altamente renumerado, e o presidente da profissional Liga de Clubes não é. Será que ser presidente da Liga profissional de clubes não exige tão ou mais dedicação do que ser presidente da Federação? Então porquê esta desigualdade de tratamento?
Basicamente porque os estatutos da Liga não o prevêem e enquanto os clubes associados não o decidirem, assim continuará.
Cada vez as exigências são maiores e “sem o cacau não há festa”.
A carolice e o voluntariado deram lugar ao profissionalismo, e o acto de gerir começou a ser recompensado e renumerado. É assim com os gestores públicos e privados e já começou a ser assim com muitas instituições e colectividades.
A moda pegou, os gestores autárquicos passaram a ser renumerados (e bem) e agora até temos um presidente de junta de freguesia com ordenado.
Não tenho nada contra, e até concordo. Todos nós temos de viver e é preferível que se paguem legalmente ordenados, do que a subsistência dos gestores provenha de actos menos lícitos.
Mas o acto de renumerar não significa só regalias. A partir do momento em que uma pessoa passa a ser renumerada pelo que faz, o grau de exigência começa a ser muito maior. Deixa de ser um colaborador em part-time e passa a ser um profissional com responsabilidades acrescidas , e a quem se pode e deve pedir contas pelo seu trabalho.
É esta a posição dos nossos autarcas e do nosso presidente da junta. São funcionários públicos, por consequência, nossos funcionários, e que têm o dever de zelar e trabalhar em prol da comunidade e de acordo com os parâmetros definidos para os seus cargos. Se não o fazem, estarão a ser maus profissionais e não merecem o ordenado que auferem. Mais grave se tornará se o dinheiro, que paga possíveis ordenados de maus profissionais, sair do nosso bolso. Aí temos todo o direito de reclamar e de nos insurgirmos contra possíveis maus serviços prestados.
Estou a escrever este “post” porque em alguns dos comentários do blog têm-me “picado” para o facto de alguns gestores do Centro de Bem-Estar Social terem ordenados.
Não sei se é verdade, ou não, que alguns directores dessa instituição tenham renumeração ou ajudas de custo, mas se assim for, também não acho que esse acto seja condenável ou criticável.
Segundo creio saber, o CBES é uma instituição que tem apresentado resultados muito positivos, emprega algumas dezenas de funcionários, tem rendimentos próprios, sendo justo que quem desenvolve profissionalmente todo o trabalho de coordenar toda esta actividade também seja renumerado.
Penso que aqui a questão não se põe sobre a possível justiça dessa renumeração. Como em qualquer colectividade ou agremiação, a questão será a de estatutos preverem, ou não, que os seus dirigentes sejam renumerados.
Também penso que se nada sobre o assunto estiver previsto, o pagamento de ordenados aos dirigentes só poderá ter lugar se aprovado em assembleia geral.
Não sou nenhum expert na matéria, mas caso nenhuma destas condições existir, então estamos perante um cenário pouco transparente e que carece de uma reflexão mais profunda.
Já agora, a título de exemplo, o presidente da Federação de Futebol é altamente renumerado, e o presidente da profissional Liga de Clubes não é. Será que ser presidente da Liga profissional de clubes não exige tão ou mais dedicação do que ser presidente da Federação? Então porquê esta desigualdade de tratamento?
Basicamente porque os estatutos da Liga não o prevêem e enquanto os clubes associados não o decidirem, assim continuará.
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1 comentário:
Será que o nosso presidente da junta merece o ordenado que ganha? O luis pires fazia muito mais e só levava 50 contos para ajudas de despesas.
Já para não falar do dinheirão que leva o azevedo e seus súbditos. São os tachos....
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