23 novembro 2006
Os Tostões dos Arredondamentos
A avaliar pelo número de queixas apresentadas junto das associações de consumidores, os clientes estão pouco preocupados com as operações de arredondamento levadas a cabo pelos bancos e outros organismos. Mas, na verdade, estes arredondamentos praticados pela banca e outras entidades geram milhões de lucro para quem os pratica.
Depois da banca, o Governo, através da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, vai alargar a investigação sobre práticas de arredondamento desfavoráveis para os clientes a outros sectores, designadamente, combustíveis, telecomunicações, água, gás e electricidade.
Tudo começou quando a Anacom, pressionada pela Deco, foi forçada a impor às empresas de telecomunicações que deixassem de cobrar os iniciais 5 segundos dos telefonemas que seguiam para a caixa de mensagens, o que se traduzia numa receita anual equivalente a 18 milhões de euros.
Agora chegou a vez de os bancos teram de deixar de fazer os arredondamentos das taxas de juros, e cuja lei entrará em vigor após publicação no Diário da República. Para os clientes que têm encarado estas práticas com naturalidade, são cêntimos, mas para os bancos equivalem anualmente a 198 milhões de euros de ganhos.
Seguem-se as gasolineiras. E, se como exemplo, analizarmos que na Repsol um litro de gasolina custa actualmente 1,209 euros e o gasóleo 0,998 euros, mas as bombas apenas têm duas casas decimais, dá para imaginar o volume destes arredondamentos.
O mesmos se passa noutros sectores em que o Governo quer pôr travão, tudo em nome do rigor e da transparência.
Nada mais correcto do que o seu a seu dono. Mas afinal o que é que aquece a cada um de nós mais um cêntimo ou dois? Pouco ou nada, mas contas são contas.
Em minha opinião, estes milhões resultantes destas operações de arredondamentos de tostões deveriam ser canalizados para obras de acção social. O cidadão comum, pouco ou nada seria afectado, e sempre haveria algúem que benificiaria com estas medidas, que não seriam só de transparência mas também de solariedade.
Depois da banca, o Governo, através da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, vai alargar a investigação sobre práticas de arredondamento desfavoráveis para os clientes a outros sectores, designadamente, combustíveis, telecomunicações, água, gás e electricidade.
Tudo começou quando a Anacom, pressionada pela Deco, foi forçada a impor às empresas de telecomunicações que deixassem de cobrar os iniciais 5 segundos dos telefonemas que seguiam para a caixa de mensagens, o que se traduzia numa receita anual equivalente a 18 milhões de euros.
Agora chegou a vez de os bancos teram de deixar de fazer os arredondamentos das taxas de juros, e cuja lei entrará em vigor após publicação no Diário da República. Para os clientes que têm encarado estas práticas com naturalidade, são cêntimos, mas para os bancos equivalem anualmente a 198 milhões de euros de ganhos.
Seguem-se as gasolineiras. E, se como exemplo, analizarmos que na Repsol um litro de gasolina custa actualmente 1,209 euros e o gasóleo 0,998 euros, mas as bombas apenas têm duas casas decimais, dá para imaginar o volume destes arredondamentos.
O mesmos se passa noutros sectores em que o Governo quer pôr travão, tudo em nome do rigor e da transparência.
Nada mais correcto do que o seu a seu dono. Mas afinal o que é que aquece a cada um de nós mais um cêntimo ou dois? Pouco ou nada, mas contas são contas.
Em minha opinião, estes milhões resultantes destas operações de arredondamentos de tostões deveriam ser canalizados para obras de acção social. O cidadão comum, pouco ou nada seria afectado, e sempre haveria algúem que benificiaria com estas medidas, que não seriam só de transparência mas também de solariedade.
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3 comentários:
Os arredondamentos que os bancos fazem não são apenas de alguns cêntimos, mas muitas vezes eram de 0.25 ou 0.50%. Isto para as empresas com muito movimento representa muito dinheiro.
O Caso de entregar o dinheiro para obras de acção social era muito válido se o dinheiro não se perdesse pelo caminho e ninguem se abotoasse com ele.
É como o rendimento mínimo, há quem precise e`há que receba porque não quer trabalhar ou porque foge às declarações e impostos legais e muitas vezes ainda recebem casas sem esforço nenhum.
É o sistema, como se costuma dizer nos casos do futebol.
Mas 0,25 e 0,50% não é exagerado?Estamos a falar de arredondamentos da última casa decimal.
imagine que a taxa de juro era 3.30%. O Banco arredondava para 3.50%. Sempre para cima, claro! E olhe que eu sei disto por experiencia!
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