Não venho queixar-me dos aumentos que para aí vêm nem dos exorbitantes preços das àreas de serviço, que são aquela "roubalheira descarada" que todos sabemos.
Por definição, auto-estradas são vias de circulação duplas, de acessos condicionados, e quando pagas, têm de reuniar condições de boa navegabilidade e segurança suplementares. Os automobilistas são taxados conforme os kms percorridos e utilizados.
A roubalheira camuflada de que quero queixar-me é dos inúmeros kms que percorremos com as estradas em obras, com circulação limitida, vagarosa, por vezes extremamente perigosa e irritante, contudo, estamos a pagar aqueles kms como se estivessem em plenas condições normais.
Em muitos países da Europa não é assim, e já há 4 ou 5 anos atrás, na Eslovénia, quando cheguei à portagem foram-me descontados os kms em que o trajecto estava em obras. Este é que é o procedimento correcto. Os Kms que estão em obras não podem ser facturados ao preço de auto-estrada.
É daquelas situações que ninguém reclama, mas que gera milhões para os cofres da concessionária. Ninguém reclama, a Brisa esfrega as mãos, mas, não se irá esquecer dos aumentos no início do ano.
É já assim há longos anos.
Em tempo de vacas magras, o seu a seu dono, e já que estão a acabar com as as políticas dos arredondamentos e a introduzir reformas e transparências, seria bom que começassem também a olhar para estas políticas do "ser correcto".
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