14 outubro 2006

O 13

Por superstição, ou não, e não vá o diabo tecê-las, optei por escrever este post no dia 14.
O treze é porventura um dos números mais famosos, e quando associado à sexta-feira podemos dizer que é um “must”. Abre telejornais, inspirou dezenas de livros e originou uma das maiores sagas cinematográficas.

A Sexta-Feira 13 está cercada de superstição. Gato preto, passar debaixo de escada, sentar à mesa com mais doze convidados (somando treze), quebrar espelho ... tudo o que já povoa a imaginação dos supersticiosos ganha força neste dia baptizado de "dia do azar".

O número treze, em muitos lugares do mundo, em especial no ocidente, representa o símbolo de mau agouro. Na Europa, por exemplo, grande parte dos hotéis não possui o 13º andar, saltando do 12º ao 14º na numeração. Em muitas equipas desportivas a camisola 13 nem existe. Em Portugal até se organiza o jantar nacional de Sexta-Feira 13.



Uma das razões de se ter criado o mito da Sexta-Feira 13 parece ter ligações bíblicas. O Novo Testamento conta que Jesus Cristo, na Última Ceia, sentou-se à mesa com os apóstolos, que ao todo, incluindo Jesus, eram 13. Muitas pessoas consideram Judas o 13º apóstolo, justamente quem entregou Jesus e o levou à morte na Sexta-feira da Paixão. Assim, graças ao episódio bíblico, a sexta-feira 13 passou a ser lembrada como um dia fatídico, ligado à morte.

Na História diz-se que a maldição do dia foi fruto de uma briga entre o rei francês Filipe, o belo, e a Ordem dos Templários, no século XIV. Na época, a França estava próxima da falência económica e Filipe resolveu cobrar impostos da Igreja. Excomungado pelo papa Bonifácio VIII, que se indignou diante da decisão da cobrança, o rei tentou aproximar-se da Ordem dos Templários (um grupo de cavaleiros cristãos), pretendendo uma reconciliação com a Igreja. Filipe, o belo, não foi aceito na Ordem e, como vingança, ordenou a prisão e tortura de cinco mil cavaleiros. O dia era uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307.

Inúmeras são as explicações para a data ser considerada "maldita". São justificativas baseadas em diferentes interpretações simbólicas, religiosas, histórica, numerológicas, esotéricas entre outras tantas, mas a resposta mais lógica é a da superstição.

Em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é estimado como símbolo de boa sorte.
Na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas.

Para mim, também tem um significado muito positivo. Sou um aficionado do 13. No totoloto jogo sempre no 13, e sempre que possível escolho o 13 para qualquer coisa.
Superstição ou contra-superstição? Nem uma coisa nem outra (ou um bocadinho das duas), mas simplesmente porque nasci num dia 13. Sorte a minha, azar do meu pai? ("C'est la vie.")
O certo, é que gosto do 13. Acho que me dá sorte!

Também a Virgem Maria escolheu os dias 13 para aparecer 6 vezes consecutivas em Fátima; fez ontem (sexta-feira, 13) 89 anos que se despediu dos pastorinhos. Mais de 200 mil peregrinos estiveram no Santuário que assinalou o início do Ano das Comemorações dos 90 anos das Aparições, cujo programa culminará com a inauguração da Igreja da Santíssima Trindade, em 13 de Outubro de 2007, cerimónia para a qual a Igreja portuguesa vai convidar o Papa Bento XVI.

Afinal, o 13 não é tão mau como o pintam!!!

2 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Para Fátima não foi nada mau, de facto!
Comigo não é bem assim ou não será.
Ontem, sexta-feira 13, esqueci-me de jogar no Totoloto. Como tenho números fixos ( o que é uma cretinice, confesso )tenho a certeza que essa será a chave premiada!
On verra!

PM disse...

Oh Rosa,
Só tens uma solução:
Tenta para a semana. Se precidsares de um sócio para te ajudar a receber o prémio, não hesites!